Produção Científica // Dissertações

ASPECTOS ECOFISIOLÓGICOS E GENÉTICO DE BIÓTIPOS DE Digitaria insularis RESISTENTE E SUSCETÍVEL AO GLYPHOSATE

Dissertações

Autor: Juliano Francisco Martins
Data: Setembro de 2013
Palavras-chave: taxa de crescimento, germinação, planta daninha, polimorfismo, ISSR.

Resumo:

O conhecimento da biologia aliado as estudos genéticos são
ferramentas importantes para o manejo eficaz de plantas daninhas resistentes.
Contudo os objetivos do trabalho foram: a) Comprovar existência de biótipo de
Digitaria insularis resistente a glyphosate por meio de curva dose-resposta obtidas
quando as plantas apresentaram de 2 a 4 folhas totalmente expandidas; b) Avaliar
efeito da temperatura na presença e na ausência de luz; Avaliar o efeito da duração
da luz (fotoperíodo) e disponibilidade hídrica na germinação das sementes de R e S;
c) Verificar o efeito da profundidade de semeadura na emergência das plântulas de
R e S; d) Estudar e comparar a fenologia e desenvolvimento de R e S; e) Detectar a
taxa de polimorfismo entre os biótipos. Pra isso, foram utilizadas sementes de
Digitaria insularis R e S e submetidas ás temperaturas constantes: 5, 10, 15, 20, 25,
30, 35 e 40°C; Alternadas: 10-20, 15-25, 20-30, 25-35 e 15-35°C; fotoperíodo: 0, 6,
8, 10, 12, 14, 16 e 18 horas; potenciais osmóticos: 0,0, -0,2, -0,4, -0,6, -0,8 e 1,0
MPa; profundidades de semeadura: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 7, 10 e 15 cm; além da
caracterização dos estádios fenológicos e desenvolvimento, e taxa de polimorfismo.
Verificou-se que o fator de resistência (FR) foi de 5,3 para nota de controle, sendo o
EC50 para a porcentagem de controle, de 416,6 g e.a.ha-1
para o R e 78,5 g e.a.ha-1 para o S. A temperatura fixa ótima para a germinação de ambos os biótipos foi de 30ºC e alternadas de 20-30ºC, tanto na presença quanto na ausência de luz, ainda a
faixa fotoperiódica ótima foi de 10 a 12 horas de luz. O biótipo R germinou até
potencial osmótico de -0,8 MPa enquanto o S até -0,4 MPa. Quando submetidos a
diferentes profundidades de semeadura, ambos os biótipos apresentaram alta taxa
de emergência até 4 cm. Em todas as variáveis propostas para a germinação e
emergência, o biótipo R apresentou melhor desempenho que o S. Além disso, o
biótipo R apresentou desenvolvimento mais rápido e vigoroso em relação ao S,
atingindo primeiro o estádio reprodutivo. A taxa de polimorfismo verificada entre eles
foi de 56,6%.