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INTERFERÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS NO FEIJOEIRO-COMUM SOB ÉPOCAS E DENSIDADES DE SEMEADURA DIFERENTES

Teses

Autor: Jorge Luis Tejada Soraluz
Data: Janeiro de 2023
Palavras-chave: competição, controle cultural de plantas daninhas, estande de plantas, Phaseolus vulgaris L..

Resumo:

Com o objetivo de determinar o efeito da época e/ou a densidade de semeadura na interferência de plantas daninhas no feijoeiro-comum, foram conduzidos quatro experimentos no Brasil em duas épocas (safra das águas ou SA e safra de inverno ou SI) e dois no Peru em uma época, sendo dois experimentos por época: 15 e 10 plantas de feijoeiro m-1 (QPM e DPM) no Brasil e 12 e 8 plantas de feijoeiro m-1 (DoPM e OPM) no Peru. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em quatro repetições (Brasil e Peru), com arranjo fatorial no Brasil, sendo um fator a duração dos períodos (10, 20, 30, 40, 50, 60 e 80 dias após a emergência ou DAE) e o outro fator o tipo de período (convivência e controle), ficando 14 tratamentos. No Peru, os tratamentos foram períodos crescentes de controle e convivência: 15, 30, 45, 60, 75 e 90 DAE, totalizando 12 tratamentos. Realizou-se a análise fitossociológica das plantas daninhas e a regressão da sua massa seca com a produtividade. A análise de regressão não linear da produtividade foi feita para determinar o período anterior à interferência (PAI), período critico de prevenção à interferência (PCPI) e período total de prevenção à interferência (PTPI). O efeito da interferência nos componentes da produção e na qualidade dos grãos foram determinados no Brasil. As espécies predominantes foram: Nicandra physaloides (Brasil e Peru), Digitaria nuda (Brasil), Raphanus raphanistrum (Brasil), Setaria verticillata (Peru) e Sorghum halepense (Peru). Na SA, o PCPI em QPM mostrou redução em quatro dias e o PAI teve aumento em 7 DAE, em comparação com DPM. O PCPI foi cinco dias menor e o PAI foi 6 DAE maior na SI que na SA, em DPM. No Peru, em DoPM estendeu-se o PAI em 4 DAE e diminuiu-se o PCPI em 17 dias, em comparação com OPM. A interferência das plantas daninhas diminuiu a produtividade entre 34,6 a 92,9%. O efeito da interferencia das plantas daninhas nos componentes da produção e qualidade dos grãos foi semelhante nas duas densidades, exceto a proporção de grãos maiores (foi 4% maior em DPM do que em QPM na SA). A interferência provocou a menor produtividade e massa de 100 grãos, o maior tempo de hidratação do grão e a maior proporção de grãos pequenos na SI. A maior densidade de semeadura conferiu à cultura maior capacidade competitiva sobre algumas espécies de plantas daninhas na SA e safra no Peru, mas não na SI.